Cidadania
Inclusão através do diálogo e da imagem
Semana Estadual de Conscientização sobre a Síndrome de Down ocorre de 16 a 30 de março
Paulo Rossi -
Inclusão, palavra em voga no admirável mundo novo, vale também para crianças com síndrome de down. Apesar de cada vez mais conquistarem espaço na sociedade, essas pessoas ainda tem dificuldade no acesso a itens básicos da sociedade com atendimento rápido ao atendimento médico. A partir de desta sexta-feira (16), a Semana Estadual de Conscientização sobre a Síndrome de Down discute o assunto, organizada pela Associação de Pais de Down (Apadpel) e o Grupo SuperMães 21.
Faz parte do evento a mostra Olhares, com fotografias expostas desta sexta até o dia 30 no Shopping Pelotas. Quem está nas imagens é filho ou filha de membros da associação, cuja atuação resultou em melhorias na acessibilidade de crianças com síndrome de Down a direitos como educação, um dos principais desafios para quem é responsável por pessoas com tal condição.
Cátia Vieira, uma das integrantes, frisa que, hoje, as escolas municipais estão de portas abertas - o que, salienta, não é visto da mesma forma na rede privada e em instituições estaduais. Ela comemora também a incorporação de quem tem síndrome de Down na lista de prioritários no atendimento bancário.
O acesso ao SUS é também uma deficiência que a Apadpel pretende focar nos próximos meses. Cerca de metade das crianças nascidas com síndrome de Down apresentam defeitos no coração ao nascer. E é exatamente na cardiopatia que o atendimento tem demorado. Cátia conta que existem casos em que a espera foi de quatro meses para uma consulta. "Não é raro uma mãe ter de entrar no Ministério Público para conseguir atendimento", critica.
Com Olhares, o objetivo é, simplesmente, promover transformações exatamente na forma como o público em geral vê a síndrome de Down. "Nossos filhos não são doentes, são normais. Não é uma doença. Então queremos que sejam incluídos na sociedade, como qualquer outra pessoa, ainda quando são pequenininhos. Para que, na vida adulta, sintam-se preparados para estudar e ingressar no mercado de trabalho", comenta. Vale lembrar, nesse sentido, o exemplo de Gabriel Nogueira, estudante que, em 2015, formou-se no curso de Teatro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com sonora nota 10. De acordo com a ONG Movimento Down, cerca de 40 jovens com a síndrome já ingressaram no ensino superior.
Confira a programação da Semana Estadual de Conscientização sobre a Síndrome de Down
Dessta sexta a 30 de março
Exposição de fotos em parceria com a fotógrafa Angélica Rossi
Sexta-feira
20h - Apresentação Projeto Carinho - Dança Down
Segunda-feira
9h - Caminhada Down (Largo do Mercado Central)
18h30min - Apresentação do Grupo Musical Cerenepe
19h - Palestra com a médica Luciana Villas Boas sobre cardiologia pediátrica
20h - Palestra com a médica Aryane Menegaz sobre odontopediatria
Terça-feira
15h - Palestra com a professora Marilene Santos sobre atividade laboral
18h30min - Palestra com a professora Rita Cossio
20h - Exibição do filme City Down
Quarta-feira
18h - Plaestra Minha vida adulta no mundo do trabalho
19h - Apresentação Projeto Carinho - Dança Down
19h30min - Mesa com os pais sobre o caminho até a universidade
22/03
18h - Desfile de moda em parceria com a UCPel na Prefeitura
25/03
14h - Piquenique do Afeto, NO Parque da Baronesa
Exceto aquelas que ocorrerão na Prefeitura, na Baronesa e no Largo do Mercado, todas as atividades serão desenvolvidas no auditório do IF-Sul.
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